quinta-feira, 29 de abril de 2021

Dinossauros de brinquedo não mordem. Biografia Parte 1

    


    Aos 4 anos tive minha primeira pancada do mundo: um colega do jardim de infância me incriminou por uma malcriação dele, resultado, fui para a detenção e, como todo falho, nunca fui bom com p-pp-pessoas, então não consegui entender a situação nem me explicar. Fiquei sentado por duas horas sem fazer nada.        Logo me aporrinhei e fugi: disse que iria beber água e voltei para a sala, era comportado e queria assistir a aulinha. Mas não deu outra, me acharam... arrastaram-me para sala da diretora. Isso se repetiu 3 vezes, até que ela se irritou e me bateu. 
    Como ela fez isso? Levantou-me acima de sua cabeça e me jogou na cadeira gritando comigo. Após essa situação ela me diz: "não conte para ninguém".
Na saída da escola, minha mãe me busca, ela nota que estou calado, mas digo que não era nada.
    Um dia se passa, volto à escolinha, a professora me chama para a sala da diretora e as duas me dão um pequeno dinossauro de presente, na época não entendi, uma chantagem.

Vadias!

    Ainda o tenho, e ainda tenho os danos psicológicos. Desde esse dia, brincava menos, falava menos, o que aliado a uma tendência natural à calmaria, fez-me quieto e anti-social.
isso tudo por algo que não fiz.

Já é muito para a primeira parte... Logo continuo

3 comentários:

  1. Poxa, anão. Estou "lendo" um livro (digo "lendo", pois comecei faz um ano atrás e não terminei), chamado Pollyana. Nesse livro, conhecemos a jovem feliz e animada, loirinha e cheia de sardas, Pollyana, claro. Ela vai morar com sua tia, rica e esnobe, mas nada nobre ao olhar do amor. Ela é rigída com Pollyana, apesar da menina ter perdido seu pai e nunca conhecido a mãe, sido maltratada pela vida e sem um único tostão em seu nome. A tia coloca ela em um quartinho surrado e com moscas, com uma janela pequenina e que não abre direito. Mas a garota agradece e sorri. Não vou em extender aqui, em resumo a tia faz de tudo para infernizar a garota, mas ela sempre vê as coisas de forma positiva. Uma janela que não abre é boa para manter o calor no inverno. Uma mosca é sinal de que as frutas estão abundantes no jardim. Um quarto só para ela é melhor que o quarto do orfanato!

    Mais tarde, ela é questionada pela empregada da casa. Como é capaz de ser feliz em situações assim? Ela responde que se trata do jogo do contente. Consiste em sempre que algo acontecer de ruim com você, deve ver o lado bom, mesmo que seja algo muito ruim.
    O pai dela que ensinou... quando ele morreu, a felicidade dele só existia nas memórias de Pollyana e em seu coração. Então, enquanto ela existisse, teria felicidade extra em si e poderia dar a quem não tem.

    Não é bonito? Espero que faça sentido para você, mas não posso te fazer achar o lado bom dessa história, só você pode achar. E perdão pela escrita sem nexo as vezes, tenho dislexia leve!

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  2. As pequenas coisas na infância e na adolescência moldam toda a idade adulta.

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  3. O mundo as vezes é bem filho da puta mesmo, Knight. Mas não deixe esse evento de definir. Isso é passado e aquela criança não é a mesma pessoa que você é agora. Naquela época você apanhou, mas hoje derrubaria aquela vadia com um soco.
    Os danos te afetaram muito durante a adolescência?
    De qualquer forma, não deixe isso te afetar mais.

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